Com textos... criativos
Soneto sobre o amor
Estavas tu num penedo sentada,
Quando passeava meus pensamentos;
Não me perturbaram os elementos
Ao ver-te, desejei-te, minha amada…
O sol escondia no horizonte
O seu esplendor de real beleza;
Meu coração era um mar de tristeza
Por tu não beberes na minha fonte!
Quem sabe um belo dia não serás
Água a jorrar forte na minha vida
Ó meu amor, meu coração terás!
Desejo-te, amo-te, minha querida!
De mim tudo o que desejares terás…
Tu serás o farol da minha vida!
A turma, 10ºB
Três palavras que fazem bater mais depressa o coração
Três palavras que aceleram os meus batimentos cardíacos? Bem… morte, amor e saudade encaixam-se bem nesse contexto. Ao pronunciar estas palavras é como se acionasse um sistema que acelera as minhas pulsações, faz disparar a minha tensão arterial e deixa-me os maxilares doridos.
Morte é uma palavra tão poderosa e assustadora que pode provocar uma revolta, capaz de consumir qualquer ser, por mais resistente que seja. Morte é, talvez, o melhor exemplo para confirmar o facto de não podermos julgar as coisas pelo seu aspeto: esta palavra possui apenas duas sílabas, mas junta em si todas as forças do mundo dramático. Não é a Morte capaz de pôr fim à maior criação do mundo, a Vida?
Ao pronunciar a palavra morte, um turbilhão de sentimentos apodera-se da minha mente e transporta-me para um mundo à parte, recheado de boas recordações, ligadas a pessoas queridas.
Saudade e amor: duas palavras intimamente ligadas. Amor possui um leque muito variado de formas de ser expressado/interpretado, no entanto todas elas equivalem, tal como o primeiro membro de uma equação equivale ao segundo, a um sentimento indescritível, que todos os seres querem experimentar, ou melhor, que todos querem possuir.
A saudade é um sentimento tão português que, nenhum outro povo conseguiu ainda adaptar à sua língua materna. No entanto, este sentimento tem caráter universal e, por isso, mora na alma de qualquer pessoa, quer venha ela dos trópicos ou dos polos.
As três palavras a que fiz referência vêm do lado oposto ao sol, como diria Almada Negreiros. Tais palavras marcam, ainda, a atualidade. As guerras e os conflitos mundiais foram provocados pela falta de amor, pela persistência da saudade e pela presença absurda da morte.
Sara Chaves, nº22 10ºC
“Requerimento”
Excelentíssimo Senhor Joaquim Roscas
Presidente da equipa de futebol de Curral de Moinas
José das Couves, mister da equipa de Curral de Moinas, vem, por este meio, solicitar a vossa Exa. a construção de uma parede de betão para substituir o actual guarda-redes Sabino Carolo.
Requer-se esta substituição, porque o atual guarda-redes decide fazer umas sestas durante os jogos e não há maneira de o acordar, pelo que a parede poderá, de facto, facilitar o treino e melhorar os desempenhos da equipa.
Sugere-se, ainda, caso seja possível, que se proceda à substituição do nosso atual trinco pelo Pepe, do Real Madrid, ou por um rottweiler.
Pede deferimento
Curral de Moinas, 6 de Fevereiro 2012
José das Couves
Trabalho realizado por Pedro Reis, 10º C
Medo; Dor; Morte
As palavras que fazem “bater mais depressa o meu coração” são Medo, Dor e Morte. Cada palavra tem o seu sentido e significado. Cada palavra faz despertar sentimentos diferentes em nós.
A palavra Medo é um sentimento que me faz sentir, de alguma forma inferior, inseguro e fraco e isso faz “bater mais depressa o meu coração”.
A palavra Dor faz-me sofrer, psicológica e fisicamente e, por isso, com ela, o meu coração bate mais depressa.
A palavra Morte é muito forte, pois ela pode acabar com a vida em segundos e, por isso, cria em mim um batimento do coração mais acentuado.
Estas palavras são de grande importância para o mundo, pois toda a gente as sente e as vive.
Pedro Santos 10ºC Nº17
A emoção das palavras
Há palavras que fazem bater mais depressa o meu coração. ”Nostalgia”, “Medo” e “Amor”. “Nostalgia” mais do que outras, “Amor” e “Medo” mais do que todas. Segundo Almada Negreiros, o facto de as palavras serem luminosas ou sem luz depende do lado de onde se ouvem. “Amor” pode ser visto do “lado do Sol ou do lado onde não dá o Sol”, enquanto “nostalgia” e “medo” só podem ser vistos do lado onde não dá o sol.
“Nostalgia”… Todos sentem a ansiedade de voltar a encontrar alguém que partiu e que ainda não voltou. ”Medo” e “Amor” também já toda a gente sentiu e são também elas portadoras de uma enorme carga emocional. O medo é traiçoeiro, pois muitas vezes dá-nos a ilusão de que, se não o sentirmos, não está lá, mas na realidade o medo é algo que nunca nos abandona, é mais ou menos como o amor, pois ambos chegam sem avisar e instalam-se em nós sem pedir licença.
O amor é algo difícil de definir. Podemos falar de vários tipos de amor: amor ao desporto, aos animais, a uma pessoa ou a uma religião. Quando penso em amor, não penso no amor entre dois namorados, nem no amor ao desporto ou mesmo a um animal. Penso num tipo de amor que nem todos têm, mas gostariam de ter. Este amor de que falo, um amor que nos acompanha desde do dia em que nascemos, é o amor incondicional de mãe.
O medo é descrito como terror, susto, pavor ou receio. Medo é algo que nos acompanha durante todos os momentos da nossa vida. Para mim, o medo é algo que nos aprisiona, é algo que nos impede de viver a nossa vida com a liberdade que deveríamos ter.
Ao falar de nostalgia abate-se sobre mim uma tristeza profunda, pois a nostalgia é a melancolia causada pela saudade de algo ou de alguém importante na nossa vida e, ao falar de nostalgia, também eu recordo pessoas e momentos importantes e muito felizes da minha curta vida, pois esses momentos jamais serão repetidos devido à partida permanente dessas pessoas.
Todos as pessoas do mundo sentem medo, amor e nostalgia, no entanto estes três sentimentos têm, com toda a certeza, significados e maneiras diferentes de serem vividos e interpretados de pessoa para pessoa.
Mariana Figueiredo Rodrigues
Nº13 10ºC
Trabalhos realizados sobre a Oficina de Escrita Criativa, dinamizada por Leonor Tenreiro, nos dias 12 e 13 de abril.
Leonor, Leonor
Com esse nome
Cheio de esplendor
Só podia fazer furor
Um acróstico fomos realizar
E o nosso nome tivemos que utilizar
Com formas e desenhos
O nosso nome tivemos de enfeitar
Sobre esse acróstico
Um texto
Tivemos de inventar
Para mais não demorar
Do que fizemos de seguida
Vou ter de passar
Um texto num elevador
Em que preso
Tive de ficar
Com uma pessoa
Que desprezo
E ainda por cima
Tive de a aturar
Para de coisas chatas
Não falar
Para o próximo trabalho
Vou ter de passar
Um texto em 5 minutos
Tivemos de fazer
Sempre sem parar
De escrever
Acabámos
Os nossos trabalhos
Com uma representação
Foi assim uma aula
Com uma grande diversão! :D
Marcos Chaves e Gonçalo Rodrigues
10º A
Oficina de escrita criativa com Leonor Tenreiro
Numa certa sexta-feira, a minha turma foi desafiada a participar numa oficina de escrita criativa com Leonor Tenreiro. Algo que, para a maioria dos jovens, se afigura, à partida, como uma tarefa maçadora e enfadonha, pois a escrita exige concentração e esforço. No entanto, com as técnicas e dinâmicas implementadas, esta oficina tornou-se bastante interessante e inovadora, levando-nos mesmo a despertar a nossa imaginação, por mais adormecida que ela estivesse. Isto tudo para dizer que gostei, aliás, gostei muito de experimentar este modo criativo que nos leva a escrever, sem darmos por isso. Eu voltaria a repetir esta experiência, uma vez que me permitiu aprender novas técnicas e desenvolver algumas capacidades no modo de escrever.
Para finalizar, acho que esta oficina conseguiu despertar, mais uma vez, o bichinho da escrita que há em cada um de nós, pois “de escritor e louco todos temos um pouco”.
Mariana Cunha
10º B